
“Fotografia de Claudia Andujar”
Dia 11 junho, a temática do Grupo de Estudos da Omicron (GEO) será sobre as inter-relações entre a fotografia Documental e Autoral.
De acordo com a professora e fotógrafa Lu Berleze, mediadora do GEO, serão analisados alguns trabalhos fotográficos que “flutuam entre um universo e outro”.
Dentre eles, aponta Nicole, entram as fotografias de Gilvan Barreto (que estará lançando o livro Moscouzinho durante o Stop Fotográfico, evento produzido pela omicron nos dias 21, 22 e 23 de junho), Claudia Andujar, Estáquio Neves, Gui Mohallen, Xavier Ribas, Antoine D’Ágata, Elza Lima, Matteo Rebuffa e Laurent Chéhère. Abaixo, você pode conferir algumas das imagens desses fotógrafos.
Lembrando que o Grupo de Estudos Omicron é dedicado a discussão e debate de assuntos relacionados ao mundo da fotografia. É aberto a qualquer um que queira participar, e uma importante forma de se manter atualizado através do compartilhamento de experiências e conteúdo entre os participantes.
Os encontros acontecem na Omicron, das 19h30 às 21h30.
Um dos pioneiros da Fotografia no Brasil foi o pintor e naturalista
francês radicado no
Brasil,
Antoine Hercules Romuald Florence. Florence, que chegou ao Brasil em
1824, estabeleceu-se em Campinas, onde realizou uma série de invenções e experimentos. No ano de
1833 Florence fotografou através da câmera escura com uma chapa de vidro e usou papel sensibilizado para a impressão por contato. Ainda que totalmente isolado e sem conhecimento do que realizavam seus contemporâneos europeus,
Niépce e
Daguerre, obteve o resultado fotográfico, que chamou pela primeira vez de
Photografie Pela descoberta de Florence, o Brasil é considerado um dos pioneiros na Fotografia.
O início da fotografia no
Brasil não se pode esquecer do Imperador
Dom Pedro II, que foi um fotógrafo apaixonado. O abade
Louis Compte em
16 de janeiro de
1840 quando aportou no
Rio de Janeiro fez uma demonstração à
Dom Pedro II da daguerrotipia (fonte: Jornal do Commercio, de 17 de janeiro de 1840, Rio de Janeiro). D. Pedro II, possivelmente tenha se tornado o primeiro fotógrafo com menos de 15 anos do Brasil, quando no mesmo ano de 1840 adquiriu um
daguerreótipo, em Paris.
Augustus Morand , fotógrafo norte-americano (
1815-
1862), fez as primeiras fotos da família imperial do Brasil, isso ainda em 1840.
Novas tecnologias vieram, vinda por imigrantes radicados no Brasil, por exemplo o
colódio úmido. Estúdios de retratistas se espalham pelas principais cidades brasileiras. O alemão
Alberto Henschel abre escritórios em São Paulo, Recife, Salvador e Rio de Janeiro, tornando-se o primeiro grande empresário da fotografia brasileira. Nesse período, também se destacam
Walter Hunnewell, que faz a primeira documentação fotográfica da Amazônia,
Marc Ferrez, que produz imagens panorâmicas de paisagens brasileiras, e
Militão Augusto de Azevedo, o primeiro a retratar sistematicamente a transformação urbana da cidade de São Paulo. E ainda
Victor Frond,
George Leuzinger,
August Stahl e
Felipe Fidanza .
Na década de 1940, dá-se o ápice do Fotoclubismo, movimento que reunia pessoas interessadas na prática da fotografia como uma forma de expressão artística. Os primeiros fotoclubes surgem no início do século XX, mas somente a partir dos anos 1930 passam a ser decisivos na formação e no aperfeiçoamento técnico dos fotógrafos brasileiros.
•Principais fotoclubes: Photo Club Brasileiro, fundado no Rio de Janeiro em 1923, e o Foto Cine Clube Bandeirante, criado em São Paulo em 1939.
Nos anos 1950, o Fotojornalismo é impulsionado pelas revistas
O Cruzeiro e pelo
Jornal do Brasil, que passam a dar destaque para a fotografia em suas páginas.
Assis Chateaubriand, diretor da revista O Cruzeiro, contrata Jean Manzon, transformando-a na mais importante do país.